Paraná confirma dois primeiros casos de gripe aviária

26 de junho de 2023

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) confirmou dois casos de Influenza Aviária (H5N1) de Alta Patogenicidade (IAAP) nos municípios de Antonina e Pontal do Paraná, no litoral. Ambos foram detectados em aves silvestres da espécie Trinta-Réis-Real (Thalesseus maximus).

No dia 21 de junho, a Adapar havia sido notificada sobre uma ave apresentando quadro neurológico em Antonina. No mesmo dia, foram realizados os procedimentos de colheita de material e envio ao laboratório de referência do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em Campinas (SP), conforme prevê o protocolo estabelecido para esses casos. O diagnóstico foi confirmado no dia 23. O segundo diagnóstico foi confirmado no sábado (24) e divulgado por meio de nota técnica no domingo. Um terceiro caso está em investigação na Ilha do Mel.

De acordo com a agência, a ocorrência da gripe aviária em aves silvestres não compromete a condição sanitária do Paraná e do Brasil como livre de IAAP. Portanto, não deve haver impacto no comércio internacional de produtos avícolas paranaenses.

Até o momento, não houve registro da doença em frangos no Brasil. Segundo o Mapa, o país tem 48 casos confirmados da doença, todos em aves silvestres.

Sobre a doença

A influenza aviária é uma doença infecciosa causada pelo vírus Alphainfluenzavirus influenzae. O surto atual, que chegou ao Brasil em maio, é causado pelo subtipo de vírus Influenza A (H5N1), que sobrevive bem em ambientes úmidos ou com matéria orgânica como guano.

É uma doença de notificação obrigatória tanto nos animais quanto em humanos. Há um sério risco associado à disseminação da doença, tanto para as aves silvestres quanto em humanos.

Sinais sugestivos de influenza aviária em aves silvestres

Os sinais clínicos neurológicos ou respiratórios sugestivos de influenza aviária em aves silvestres podem incluir um ou mais dos sintomas abaixo:

  • Tremores na cabeça e no corpo;
  • Dificuldade respiratória, como respiração ofegante (respiração pela boca);
  • Coriza nasal e/ou espirros;
  • Letargia e depressão;
  • Decúbito (corpo mantido em posição horizontal, penas arrepiadas ou arrastar das pernas;
  • Falta de resposta à tentativa de apanha;
  • Asas caídas, torção de cabeça e pescoço;
  • Incoordenação e perda de equilíbrio;
  • Edema de face;
  • Olhos fechados e excessivamente lacrimejantes;
  • Excrementos aquosos, descoloridos ou soltos;
  • Andar em círculo e de costas.


Procedimentos perante casos suspeitos

Se houver evidência de ave de qualquer espécie com sinais sugestivos de influenza aviária ou casos de mortalidade inexplicável, o serviço veterinário oficial deve ser notificado imediatamente pelos contatos disponibilizados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) ou pelo Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergências Veterinárias (e-Sisbravet).

:: Lista com endereços e telefones das unidades locais da Adapar