Governo do Paraná convida pesquisadores para revisão das espécies ameaçadas no estado

17 de abril de 2023

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (Sedest), convidou pesquisadores especialistas para participar da revisão e ampliação da lista de espécies da fauna ameaçadas de extinção do Paraná.

A nova revisão da lista se dá no âmbito do Projeto Pró-Espécies e está sendo realizada pelo Instituto Mater Natura, contratado pela WWF-Brasil. O convite aos pesquisadores foi feito por e-mail na semana passada e o trabalho começa nos próximos dias

A revisão da lista faz parte das ações prioritárias do Plano de Ação Territorial (PAT) Caminho das Tropas Paraná-São Paulo, que, em território paranaense está sob supervisão da Sedest e do Instituto Água e Terra (IAT).

Essa etapa consiste na contribuição e validação das informações pela rede de pesquisadores que atuam no Paraná para a confecção de mapas rigorosamente alinhados com a área de ocorrência das espécies e de fichas de avaliação por espécie, produtos que darão subsídio para o processo de discussão durante as Oficinas de Avaliação.

A Bióloga Fernanda Braga (CRBio 25.575/07-D), coordenadora das atividades do Pró-Espécies dentro do território paranaense da Sedest, comenta a importância da ação para a conservação das espécies ameaçadas.

“O desafio é deixar um legado organizacional, preparando uma base de dados com informações biológicas e ecológicas das espécies, além da compilação de registros de ocorrência. Desta forma, conseguiremos confeccionar mapas mais precisos e acurados da área de ocorrência das espécies. Os mapas ficarão disponíveis para embasar revisões posteriores”, diz ela.

O processo de avaliação da fauna do Estado segue a metodologia, os critérios e as categorias da União Internacional para Conservação da Natureza (UICN) e a consulta ampla é uma etapa prévia à Oficina de Avaliação dos Táxons, que será realizada nos próximos meses.

PESQUISADORES – Os pesquisadores estão convidados a acessar a plataforma www.listavermelhafaunapr.com.br, realizar o cadastro e participar do projeto. Nesse site, há também um vídeo tutorial para esclarecer eventuais dúvidas. Até dia 07 de maio de 2023, a consulta está aberta para os táxons de Amphibia, Coleoptera e Echinodermata. Os demais táxons que estão em processo de revisão terão seus cronogramas de consulta divulgados nos próximos dias.

SOBRE O PROJETO – A estratégia adotada para a execução do trabalho é a da avaliação por grupo taxonômico (com inclusão de todas as espécies), a adoção dos critérios e categorias da União Internacional para Conservação da Natureza (UICN), com o desenvolvimento de um processo continuado de avaliação e o envolvimento do maior número possível de pesquisadores em um processo transparente e participativo.

Segundo a metodologia adotada para trabalho, o processo de avaliação passa por três etapas: preparatória, de avaliação, e final, sendo cada uma dividida em atividades. A consulta ampla aos especialistas é uma das ações da etapa preparatória, realizada após a compilação inicial de dados que formarão as fichas de avaliação (ex. dados biológicos, ecológicos e registros de ocorrência) das espécies, e precede a etapa de avaliação.

Durante a revisão serão considerados sete grupos de fauna:  Mammalia, Aves, Reptilia, Amphibia, Peixes, Apidae e Lepidoptera. Serão incluídos à Lista Vermelha da Fauna do Paraná, outros 10 grupos de fauna (considerados pela primeira vez): Ascidiacea, Cnidaria, Mollusca, Polychaeta, Oligochaeta, Crustacea, Echinodermata, Coleoptera, Hymenoptera e Libellulidae.

O Mater Natura – Instituto de Estudos Ambientais foi contratado pela WWF-Brasil por meio de um processo seletivo nacional de ampla concorrência, para fazer a atualização da Lista de Espécies da Fauna Ameaçada no Estado do Paraná.

A iniciativa está inserida na “Estratégia Nacional para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção – GEF Pró-Espécies: Todos contra a extinção”, coordenada pelo governo federal por meio do Ministério do Meio Ambiente (MMA), financiada pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (Global Environment Facility – GEF), por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), que tem como agência executora o WWF-Brasil.

 

* Fonte: Agência Estadual de Notícias