O Dia do Meio Ambiente deste ano, celebrado nesta quarta-feira (05), traz como tema “Nossa terra. Nosso futuro. Nós somos a #GeraçãoRestauração”. A campanha se concentra na restauração da terra, na desertificação e na resiliência à seca.
De acordo com a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, até 40% das terras do planeta estão degradadas, afetando diretamente metade da população mundial e ameaçando cerca de metade do PIB global (US$ 44 trilhões). O número e a duração das secas aumentaram em 29% desde 2000 – sem uma ação urgente, as secas podem afetar mais de três quartos da população mundial até 2050.
Para Inger Andersen, Diretora Executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Secretária-Geral Adjunta da ONU, a restauração pode reverter a degradação da terra, seca e desertificação. Segundo ela, cada dólar investido em restauração pode trazer até US$ 30 em serviços ecossistêmicos. A restauração aumenta os meios de subsistência, reduz a pobreza e aumenta a resiliência a condições climáticas extremas. Também aumenta o armazenamento de carbono e retarda as mudanças climáticas. Restaurar apenas 15% da terra e interromper novas conversões poderia evitar até 60% das extinções de espécies ameaçadas.
A restauração de terras é um pilar fundamental da Década das Nações Unidas para a Restauração de Ecossistemas (2021-2030), um apelo para a proteção e a revitalização de ecossistemas em todo o mundo, o que é fundamental para atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
O ano de 2024 marca o 30º aniversário da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação. A décima sexta sessão da Conferência das Partes (COP 16) da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD) será realizada em Riad, na Arábia Saudita, de 2 a 13 de dezembro.
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