Em sessão solene realizada nesta quinta-feira (06), o Conselho Regional de Biologia da 7ª Região – CRBio-07 e o Conselho Federal de Biologia – CFBio concederam o título de Biólogo Honorário ao naturalista André Meijer. A homenagem foi proposta pelo Biólogo Deni Schwartz Filho (CRBio 34.024/07-D), conselheiro do CRBio-07.
Vinícius Abilhoa (presidente do CRBio-07), André Meijer e Andrea Figueiredo (conselheira secretária do CFBio)
O presidente do CRBio-07, Biólogo Vinícius Abilhoa (CRBio CRBio 9.978/07-D), iniciou a solenidade destacando a trajetória de André Meijer e sua contribuição para a Biologia, ressaltando a importância da concessão da homenagem.
A Bióloga Andréa Figueiredo (CRBio 25.228/07-D), conselheira secretária do CFBio, explicou que o título de Biólogo Honorário é concedido a cidadãos não Biólogos que contribuíram para as Ciências Biológicas de forma notável. A honraria foi regulamentada pela Resolução CFBio nº 353/2014. A conselheira parabenizou o CRBio-07 e o conselheiro Deni pela iniciativa, e agradeceu ao homenageado pelo trabalho que tem realizado em prol das Ciências Biológicas e de todos os Biólogos.
Bióloga Maristela Zamoner, André Meijer e conselheiro Biólogo Deni Schwartz Filho
O conselheiro Deni Schwartz afirmou que André Meijer representa o imaginário do que é um naturalista, que mergulha no objeto de estudo, o que é raro nos dias de hoje. Deni ressaltou que todo o trabalho do homenageado é baseado em conhecimento científico. “André produziu uma quantidade enorme de informações, deu uma grande contribuição e passou a ser um exemplo para nosso trabalho, é uma homenagem mais do que merecida”, enfatizou Deni.
Quem é André Meijer
André August Remi de Meijer nasceu no dia 2 de junho de 1957, em IJzendijke, Holanda. É o segundo de oito filhos de Remi Augustinus de Meijer (agricultor) e Marie Thérèse Delphine Charlotte de Meijer-Calon. Cursou um ano de Agronomia em Dordrecht (Holanda) e um ano de Manejo Ambiental em Arnhem (Holanda). Trabalhou dois anos com agricultura orgânica, antes de emigrar para o Brasil, em 1978.
Inicialmente, trabalhou durante sete meses numa fazenda de soja em Maracaju (MS). Depois, se mudou definitivamente para o Paraná. Entre os anos de 1979 e 2000 residiu na Reserva Natural Cambuí, situada na várzea do rio Iguaçu, em Curitiba. De 2000 a 2003, morou numa chácara próxima ao povoado de Roça Velha, na área rural de São José dos Pinhais. A partir de abril de 2003, passou a residir na área rural do litoral norte do estado, até o início de 2012 em Antonina, depois em Guaraqueçaba. Desde 1979, tem trabalhado como naturalista no bioma Mata Atlântica.
É autor e coautor de artigos e livros sobre macrofungos do Paraná. Sua coleção de macrofungos paranaenses (mais de 4.500 coletas) foi doada ao herbário do Museu Botânico Municipal de Curitiba, e sua coleção de mutucas (Tabanidae) do litoral foi doada à Universidade Federal do Paraná (UFPR).
