O combate a pragas e vetores na Construção Civil já é uma das áreas de atuação para os Biólogos. No entanto, tem um nicho nesse mercado que vem crescendo em demanda e pode ser uma ótima opção para quem está se formando ou para quem já é graduado e quer explorar novas áreas na Biologia.
Além do trabalho pontual de aplicar produtos para tentar controlar cupins, formigas, ratos e escorpiões quando eles são identificados, vem aumentando a necessidade do acompanhamento maior da edificação, durante todos os processos da obra e com foco principal na prevenção. Dessa forma, evita dor de cabeça para a empresa e, principalmente, para quem vai usufruir da moradia ou condomínio.
“Tem Biólogo que está se formando e não sabe que pode empreender, sendo responsável técnico de empresas e trabalhar na área de controle ambiental associado a edificações, tanto na Construção Civil como em obras prontas. E tem uma ótima rentabilidade, pois trata-se de uma área que se pode atuar de forma esporádica, cobrando pela sua visita técnica”, destacou o Biólogo Igor Martins (CRBio 36.975/05-D), do Rio Grande do Norte.
Quando trabalhava na Secretaria de Meio Ambiente de Natal (RN), no começo dos anos 2000, ele já percebia a necessidade de o Biólogo estar mais próximo do urbanismo. Cerca de vinte anos depois, o mercado vem provando que ele estava certo. Hoje, Martins é responsável técnico de nove condomínios no Rio Grande do Norte e vem sendo chamado para fazer consultoria em obras em outros estados, como em Gravatá, em Pernambuco, por exemplo.
Forma de atuação
A grande diferença é exatamente a forma de atuação, ampliando o trabalho do que já é feito pelas empresas no combate a pragas e vetores. “O cupim de solo é o maior problema nas edificações. Em função do crescimento urbano, as matas são retiradas e existe a permanência desse tipo de cupim, que como é um inseto, é natural que ele degrade os vegetais para fazer a recomposição da matéria orgânica. E para evitar que ele no futuro adentre pelas frestas de tijolos, colunas, pilares e madeiramento, é preciso, assim que identificar a sua existência no terreno que vai ser edificado, tratar a estrutura da obra. Aplicar os produtos específicos para cada espécie. Mas para isso é preciso entender a dinâmica da edificação, desde a engenharia até os procedimentos de escavação. Uma infestação pode causar prejuízos antes mesmo de a edificação ficar pronta”, ressaltou Igor Martins.
Cupins, ratos, formigas… escorpiões! Prever o que pode acontecer em uma obra é um diferencial, um campo de atuação inovador. No entanto, exige do Biólogo o conhecimento da praga, o combate e controle, como também de outras áreas, como Agronomia, Engenharia Civil e Ambiental. “É uma atuação muito mais ampla”, finaliza Martins.
Fonte: CRBio-05