Entrevista: Dayane May

18 de janeiro de 2019

Bióloga, mestre e doutora em Gestão Ambiental pela Universidade Positivo (UP), Dayane May (66.321/07-D) escolheu a área pela amplitude de atuação. “Pode atuar no ensino e treinamento, no manejo e conservação, em programas de conscientização da população e de empresas, por meio da educação ambiental ou consultorias em projetos ambientais no setor público ou privado. Pode executar projetos de recuperação de áreas degradadas, laudos técnicos e monitoramentos, certificações, planejamentos e elaboração de políticas públicas, de relatórios de avaliação de impacto ambiental, de modo a estabelecer estratégias para implementação de práticas sustentáveis”, exemplifica. Consultora ambiental e professora universitária, ela comenta os ganhos da Resolução nº 480 do CFBio para a categoria:

Como foi seu ingresso na docência? Que disciplinas ministra, atualmente?
Após fazer o mestrado em Gestão Ambiental, trabalhei três anos com consultoria ambiental (2009-2012) nos mais variados projetos (licenciamentos, inventários florestais, planos de conservação de espécies, recuperação de áreas degradadas, certificações, sustentabilidade empresarial, educação ambiental, inventário de emissões, PGRS, entre outros) e após esse período, entrei no doutorado em Gestão Ambiental, para trabalhar com conservação da biodiversidade. Em função disto, deixei a consultoria para me dedicar à pesquisa acadêmica. Então, surgiu a oportunidade de ministrar disciplinas para a graduação. Comecei com a disciplina de Fisiologia Vegetal, depois Anatomia Vegetal e Sistemática de Fanerógamas, depois a Biologia da Conservação, todas no Curso de Ciências Biológicas da Universidade Positivo, e mais recentemente, assumi a disciplina de Cultivo Celular Vegetal do Curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, também da Universidade Positivo.

Qual o diferencial do Biólogo na elaboração de inventários florestais e qual o principal desafio nesse sentido?
O Biólogo reúne todo o conhecimento agregado ao longo da experiência acadêmica e profissional e direciona para uma análise do ambiente como um todo, sendo detalhista na observação de aspectos que outro profissional talvez não pontuasse. Para inventários florestais, o biólogo traz a bagagem da Taxonomia e Sistemática, fundamental para diagnósticos florestais. Além disso, pode relacionar aspectos ecológicos, como o equilíbrio entre os ecossistemas, do meio ambiente natural, da relação entre os seres vivos e os fatores abióticos. O principal desafio está em refletir sobre questões que vão além do esperado para um inventário florestal, mas que podem ampliar a sua funcionalidade e importância. Tais como: recursos geológicos e pedológicos; diversidade biológica e proteção; recursos hídricos; efeitos do aquecimento global; recursos naturais e culturais; o impacto humano e as inter-relações entre homem e ambiente e o uso dos recursos naturais.

Leia a entrevista na íntegra na BIOPARANÁ 38.

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Docente, a Bióloga Dayane May trabalhou com consultoria ambiental em projetos de licenciamentos, inventários florestais e planos de conservação
Crédito: Arquivo pessoal