O Biólogo Pedro Fruet (CRBio 95.546/03-D) foi um dos vencedores do Prêmio Whitley 2021, conhecido como “Oscar Verde”, entregue em maio pela Whitley Fund for Nature (WFN). Ele atua na preservação de botos ameaçados pela pesca ilegal na cidade de Rio Grande, região sul do Rio Grande do Sul.
O projeto foi iniciado em 1974 pelo Museu Oceanográfico da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e teve interrupções em alguns períodos, mas desde 2005 vem desenvolvendo estudos de forma sistemática. Estão sendo coletados dados sobre a população de botos que vive no estuário da Lagoa dos Patos e áreas costeiras adjacentes.
Segundo o Biólogo, em 2012 foi estabelecida uma área de proteção para que a mortalidade fosse reduzida, mas essa política pública não está sendo efetiva e os animais continuam morrendo.
O prêmio, no valor de 40 mil libras (quase R$300 mil), será destinado a ações de conservação dos cetáceos da região. O recurso vai permitir que o projeto atue na área social e entenda as dificuldades dos órgãos fiscalizadores para que se possa propor, de forma participativa, uma solução em comum. Ao mesmo tempo, os botos continuarão sendo monitorados para que se avalie como eles respondem aos estímulos e impactos humanos.
“Esse prêmio está coroando um trabalho. Faz 20 anos que eu estudo esses animais, eu dedico a minha vida a isso”, afirmou o Biólogo em entrevista ao G1 RS. Há aproximadamente 90 botos vivendo nas águas do Sul do Rio Grande do Sul. A meta do projeto é reduzir a mortalidade dos animais em 40% nos próximos cinco anos.
Pedro Fruet é mestre e doutor em Oceanografia Biológica pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e Flinders University of South Australia (programa Co-tutele). É sócio-fundador da organização não-governamental Kaosa. É coordenador do laboratório de Mamíferos Marinhos do Museu Oceanográfico e colaborador do Laboratório de Ecologia e Conservação da Megafauna Marinha da FURG. O Biólogo também é Secretário de Meio Ambiente de Rio Grande (RS).