Thailenny Dantas Rezende, de 17 anos, é uma das jovens destaques que passaram pela Escola Estadual Teotonio Vilela, em Campo Grande. Durante os 3 anos de ensino médio, a adolescente desenvolveu um projeto que analisa os impactos causados por uma planta exótica, a leucena, sobre a biodiversidade e economia de Mato Grosso do Sul. O estudo foi tão embasado que Thailenny participou das maiores feiras científicas nacionais e mundiais até conseguir uma vaga na delegação brasileira para apresentar o projeto no 3º maior evento da categoria no mundo. Sem condições financeira, a menina busca apoio para conseguir realizar o sonho e representar o Brasil na Sérvia.
Filha de um mecânico e uma diarista, Thailenny entrou na iniciação científica, no primeiro ano do ensino médio, acompanhando o Clube de ciências da escola. Orientada pelos professores, ela criou um projeto que analisa a interferência da Leucena no desenvolvimento da embaúba, alface e guavira, a fruta símbolo do estado.
“Foram necessários inúmeros testes porque a leucena tem efeito alelopático, ou seja, libera substâncias químicas no meio ambiente que interfere no crescimento de outras plantas. Foram realizadas experiências com essas três espécies até identificar que a substância de maior impacto sai da semente da planta.”
O projeto, criado dentro da escola da rede estadual, foi apresentado na Fecintec (Feira de Ciência e Tecnologia de Campo Grande) e a Fetec (Feira de Tecnologias, Engenharias e Ciências de Mato Grosso do Sul). Quando alcançou voos mais altos, levou Thailenny até a Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Egenharia) e garantiu a participação da adolescente na Mostratec – maior feira de ciências da América Latina. A partir daí, a jovem cientista conseguiu uma credencial para fazer parte da Isef, maior e mais importante feira do segmento científico no mundo, nos Estados Unidos.
No ano passado, a garota apresentou seus estudos no encontro nacional Experiência Beta e foi indicada para fazer parte da delegação brasileira que vai até a Icys, a conferência internacional de jovens cientistas, entre os dias 21 a 27 de abril na Sérvia.
“Vou apresentar meu projeto e disputar uma das 3 principais colocações na área Life Sciences. Não temos a informação de quantas pessoas vão concorrer e também não tem prêmio em dinheiro, o mais importante é o reconhecimento.”
Como todos os gastos são de responsabilidade de cada participante, Thailenny criou uma vaquinha online junto com outra jovem cientista de Campo Grande para arrecadar R$ 5 mil cada uma. O valor será usado R$ 1 mil para a inscrição, hospedagem e locomoção dentro da cidade de Belgrado e R$ 4 mil para passagens de ida e volta.
“Quando ganhei a vaga fiquei muito feliz, por ser do ensino público e ficar 3 anos desenvolvendo o projeto. É uma oportunidade de representar os estudantes da minha escola, já que fui construindo uma paixão pela ciência durante todo meu ensino médio.”
Quem quiser contribuir financeiramente pode acessar o site da Vakinha Online.
Fonte: Midiamax