Planeta bate recordes de calor, e Biólogos precisam saber do seu papel para a mitigação dos impactos das mudanças climáticas

2 de outubro de 2023

A Agência Americana Oceânica Atmosférica (NOAA) revelou um dado alarmante: a Terra teve o mês de agosto mais quente da história neste ano. A agência aponta, ainda, que há 95% de chance de 2023 estar entre os dois anos mais quentes já registrados no planeta. Segundo os cientistas dos Centros Nacionais de Informação Ambiental da NOAA, a temperatura média global no mês foi de 1,25ºC acima da média do século XX.

No Brasil, o inverno terminou no dia 23 de setembro com alerta de recorde histórico de temperatura para onze capitais: Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Campo Grande, Cuiabá, Goiânia, Brasília, Palmas e Teresina.

Esse cenário é resultado imediato das mudanças climáticas, ocasionadas por atividades humanas nocivas ao meio ambiente que provocam emissões de gases de efeito estufa, como o desmatamento e a queima de combustíveis fósseis.

A Bióloga Dra. Luciene Ribeiro (CRBio 33.406/07-D), conselheira do Conselho Regional de Biologia da 7ª Região – CRBio-07, pontua que o Biólogo é um dos profissionais aptos a contribuir para a preservação do planeta, a inovação e a produção de conhecimento científico, saúde pública e solução de problemas ambientais, econômicos e sociais. “A contribuição do Biólogo para a mitigação dos impactos ambientais oriundos das mudanças climáticas é composta por vastos conhecimentos oferecidos ao longo de sua formação profissional”, ressalta Luciene.

O Biólogo pode atuar na elaboração dos Planos de Paisagem Regionais, na prestação de serviços, consultorias, elaboração, execução e monitoramentos de projetos ambientais. Tudo isso aplicando técnicas de Soluções Baseadas na Natureza (SBN), e tantas outras estratégias para as quais esse profissional está capacitado, oferecendo respostas eficazes e sustentáveis,  como: recuperação/restauração dos ecossistemas degradados/alterados/contaminados; segurança alimentar; segurança hídrica; redução de emissões atmosféricas; desenvolvimento de projetos de sustentabilidade de médio e longo prazo com redução da pressão antrópica sobre recursos naturais; redução de riscos de desastres ambientais; preservação e conservação da biodiversidade; educação ambiental; dentre tantas outras possibilidades.

Luciene enfatiza que, para isso, são necessárias as formações adequadas para cada tipo de atuação. Biólogas e Biólogos precisam ficar atentos às resoluções do Conselho Federal de Biologia – CFBio e avaliar de que maneira podem fazer suas contribuições na mitigação dos impactos ambientais, sociais e econômicos oriundos das mudanças climáticas.