O sistema CFBio/CRBios participou, entre os dias 16 e 18 de dezembro, de uma reunião do Grupo de Assessoramento Técnico (GAT) do Plano de Ação Nacional para Conservação da Fauna Afetada por Infraestrutura Viária – PAN Estradas, que concluiu o planejamento das atividades e definiu as ações prioritárias para os próximos cinco anos. Divididas nos eixos temáticos Pesquisa, Políticas Públicas, Gestão da Informação, Educação Ambiental e Capacitação de Recursos Humanos, as ações têm como objetivo reduzir os impactos de rodovias e ferrovias sobre a fauna nativa.
A reunião foi realizada na sede do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Brasília. O GAT é composto por representantes do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), ICMBio, Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE) e Conselho Federal de Biologia (CFBio). A Bióloga Fernanda Góss Braga, do Conselho Regional de Biologia do Paraná (CRBio-07), representou o sistema CFBio/CRBios no evento.
O próximo encontro do Grupo está marcado para outubro de 2016, durante o 1º Congresso Iberoamericano de Biodiversidade e Infraestrutura Viária (CIBIV), em Lavras, Minas Gerais. “Na ocasião, faremos uma monitoria, para avaliar o andamento dos trabalhos”, detalha a Bióloga e conselheira do CRBio-07 Fernanda Góss Braga. Informações sobre o evento podem ser obtidas no site http://www.cibiv.com/.
Em vigência pelos próximos cinco anos, o Plano de Ação Nacional (PAN) foi definido em uma reunião em setembro deste ano, após percepção da necessidade de uma ação estratégica nacional para reduzir os impactos da infraestrutura viária sobre a fauna. Os Planos de Ação estabelecem políticas públicas que devem ser adotadas por diferentes segmentos da sociedade para promover a conservação e a recuperação da população de uma determinada espécie ou grupo de espécies ameaçadas, ou ainda, dos ecossistemas onde elas vivem.
O PAN Estradas, porém, tem a peculiaridade de ter sido adotado para elencar ações e estratégias visando minimizar os impactos de um agente antrópico específico – as rodovias e ferrovias – que ameaça a fauna silvestre nativa ao longo de seus traçados. Essa característica lhe confere uma importância ainda maior no cenário nacional.