ONU Meio Ambiente alerta que proteção ambiental é essencial para evitar mortes

27 de março de 2019

Florestas onu

Crédito: Flickr (CC)/Joseph King

A ONU Meio Ambiente divulgou um relatório que alerta que milhões de mortes prematuras poderão acontecer em cidades e regiões na Ásia, Oriente Médio e África caso a proteção ambiental não seja ampliada.

A publicação também alerta que os poluentes em nossos sistemas de água potável farão com que a resistência antimicrobiana se torne a maior causa de mortes até 2050 e com que substâncias químicas nocivas afetem a fertilidade masculina e feminina, bem como o desenvolvimento neurológico infantil. Essa é a publicação mais abrangente do órgão sobre a situação ambiental do planeta nos últimos cinco anos. O texto foi produzido por 250 cientistas de mais de 70 países.

O relatório foi lançado durante o sexto Panorama Ambiental Global, em Nairóbi, no Quênia.

“A ciência é clara. A saúde e a prosperidade da humanidade estão diretamente ligadas ao estado do nosso meio ambiente”, afirmou Joyce Msuya, diretora-executiva interina da ONU Meio Ambiente. “Esse relatório é um panorama para a humanidade. Estamos numa encruzilhada. Vamos continuar no nosso caminho atual, que levará a um futuro sombrio para a humanidade, ou vamos dar uma guinada para um caminho de desenvolvimento mais sustentável? Essa é a escolha que nossos líderes políticos têm que fazer, agora.”

O relatório pede ação para conter o fluxo de 8 milhões de toneladas de poluição plástica que vão parar nos oceanos a cada ano, além de aconselhar a adoção de dietas com menor consumo intensivo de carne e redução do desperdício de alimentos, tanto em países desenvolvidos quanto em países em desenvolvimento. Isso reduziria em 50% a necessidade de aumentar a produção de comida para alimentar a população estimada de 9 a 10 bilhões de pessoas no planeta em 2050.

Mas o estudo também destaca que o mundo tem a ciência, a tecnologia e os recursos financeiros de que precisa para seguir na direção de um caminho de desenvolvimento mais sustentável como a coleta de estatísticas ambientais, particularmente de dados geoespaciais, embora ainda falte apoio suficiente do público, das empresas e de líderes políticos, que se agarram a modelos ultrapassados de produção e desenvolvimento.

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