BIOPARANÁ: Mortais para aves, edificações espelhadas são alvo de discussão

28 de agosto de 2018

O risco que as edificações de vidro transparente e/ou reflexivo representam para as aves em zonas urbanas tem pautado discussões e até mudanças na legislação. Em dezembro de 2017, o município de Santos, no litoral de São Paulo, teve aprovada a Lei Complementar nº 988, que acrescentou o artigo 35-B no Código de Edificações municipal. A legislação veda “a utilização de superfícies contínuas de vidro que apresentem efeito refletivo, espelhado ou similar nas fachadas dos edifícios, excetuando-se as superfícies tratadas de modo a eliminar esse aspecto e condição”.

Segundo o American Bird Conservancy – ABC, mais de um bilhão de aves morrem, anualmente, nos Estados Unidos devido às colisões. O país norte-americano é responsável por 40% dos números globais catalogados, segundo a US Fish and Wildlife Service, mas o problema se repete em todo o planeta.

No Brasil, casos como os muros de vidro da prefeitura de Araruama (RJ) e da raia olímpica da USP foram destaques na mídia no primeiro trimestre deste ano, considerados armadilhas para as aves. Não há estimativas precisas das ocorrências no país, mas existem iniciativas para prevenir ou reduzir as colisões com estruturas arquitetônicas que utilizam vidros e podem confundir as aves.

A recomendação mais comum realizada por Biólogos é o uso de adesivos e cortinas como medidas anticolisão, mas uma investigação conduzida pela Bióloga Sandra Bos Mikich (8.466/07-D), pesquisadora em Ecologia da Embrapa Florestas, avalia dois tipos de módulos anticolisão de aves: jardins suspensos e sinos de vento. Os dois modelos são construídos com cordas de náilon pretas trançadas (semelhantes às de paraquedas) e cápsulas usadas de máquinas de café.

Leia a matéria na íntegra na BIOPARANÁ 36

jardim

Módulo “jardim suspenso” em uma das janelas da Embrapa Florestas/ Crédito: Arquivo Embrapa Florestas