Biólogo brasileiro assume a direção científica do maior jardim botânico do mundo

13 de março de 2019

O biólogo brasileiro Alexandre Antonelli assumiu no mês passado a direção científica do Jardim Botânico Real, ou Kew Gardens, o maior jardim botânico do mundo e o maior centro global de pesquisas de plantas e fungos, com mais de 7,2 milhões de espécies. O local também abriga mais de dois milhões de sementes no Millennium Seed Bank, um polo científico que pretende conservar 25% das espécies de plantas de todo o mundo até 2020.

Essa é a primeira vez que um brasileiro assume essa posição. Ele foi escolhido a partir de uma lista de cinco candidatos e sucede Kathy Willis, professora de Oxford e primeira mulher a chegar ao cargo. Ele será responsável por liderar os principais projetos do Kew Gardens, como a reforma do herbário, o crescimento no número de estudantes de pós-graduação do Kew Gardens e melhorar o apoio à pesquisa e conseguir financiamentos para os laboratórios, coleções e equipamentos do local. Também será sua missão elaborar um plano de ação para o órgão para os próximos cinco anos e aa estratégia científica até 2020.

Antonelli é biólogo pela Universidade de Campinas (Unicamp), PhD pela Universidade de Gotemburgo, na Suécia, e com pós-doutorado pela Universidade de Zurique, na Suíça. Antes de assumir o cargo, ele era professor de biodiversidade e liderava um laboratório de pesquisas da Universidade de Gotemburgo, na Suécia. O profissional já participou de mais de 20 expedições britânicas a países da América Latina, realizou mais de 115 publicações e orientou mais de 60 pós-graduações e pós-doutorados pelo mundo.

O Kew Gardens é um órgão público composta por 320 horticultores, 120 funcionários administrativos e 300 cientistas que publicam mais de 350 publicações ao ano e mais de 30 mil citações. Eles trabalham nos laboratórios do órgão para avaliar a qualidade xampus, sabonetes, chás e outros produtos à base de plantas.

alexandre antonelli